Um espaço de opinião e reflexão, que me permite partilhar os meus pensamentos, frustrações e alegrias. Mas aviso desde já, se pensam aprender alguma coisa aqui, vão ficar completamente desiludidos.

sábado, 21 de maio de 2011

Prepotência

Hoje estava a ler um artigo acerca da alimentação infantil numa revista de saúde que eu costumo ler e que acho que até é bastante interessante e tem artigos bastante correctos do ponto de vista científico mas também acessíveis à compreensão de qualquer pessoa leiga na matéria. 
Até aqui nada de estranho, a verdadeira razão que me levou a vir aqui falar disto foi uma barbaridade que por lá li, perdida no meio do artigo. Os senhores afirmavam que qualquer mulher que decida não amamentar é uma irresponsável e não preza a saúde do seu filho.
E eu penso "o quê?!?!?!", mas quem é que esta gente pensa que é? É verdade que o melhor alimento para um recém-nascido é o leite materno, o mais saudável e tal, sim, já todos sabemos. Mas que eu saiba cada mulher tem o direito de tomar decisões em relação ao seu próprio corpo sem ninguém a condenar por isso, ou não? Ninguém é obrigado a fazer uma coisa que não quer só porque alguns tipos decidem que deve ser assim!
Eu não tenho filhos (ainda bem!), mas diz quem tem que amamentar pode ser bastante desconfortável, se não  mesmo doloroso. Assim sendo, só o deve fazer quem realmente quer, as mulheres que não querem, felizmente, hoje em dia, têm alternativas bastante viáveis e bastante saudáveis, ao contrário do que esses senhores apregoam.
E podem dizer o que quiserem, que é um laço que se desenvolve entre mãe e filho e mais isto e aquilo, que eu não caio nessa treta. As crianças gostam de quem lhes dá carinho, as alimenta, brinca com elas. Não é por dar biberão em vez de mama que o bebé vai criar menos laços ou vai ser menos feliz. 
Eu se tivesse filhos (é aqui que bato três vezes na madeira!) também não amamentava, podem ter a certeza. E pode vir quem vier, o senhor especialista na matéria (sim, que por sinal é homem, ou seja, não sabe o que é amamentar), a Rainha de Inglaterra, o Papa, ou quem quer que seja que eu continuo a dizer que no meu corpo quem manda sou eu, e ninguém tem o direito de opinar acerca disso!
Tenho dito!

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